A
constipação intestinal é um problema mais comum do que parece. O
diagnóstico da constipação intestinal é muito difícil porque, na maioria
das vezes, o intestino preso é um sintoma de outro problema e, quando
não há outra doença, a avaliação do médico depende do que a paciente
considera como “normal”.
As
causas mais comuns do aparecimento e agravamento do intestino preso são
a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras e a baixa ingestão de
líquidos. Além delas, podemos considerar a idade avançada, gravidez,
obesidade, falta de exercícios físicos e abuso de laxantes. Portanto,
ingerir bastante líquido e alimentos ricos em fibras é fundamental para
prevenir e tratar a constipação intestinal.
Existem
várias causas para um intestino preso: lesões e alterações na estrutura
do intestino, que podem provocar o estreitamento ou diminuir seus
movimentos; doenças como câncer de cólon; efeitos adversos de vários
tipos de medicamentos; e até mesmo o comportamento, pois o hábito de
“segurar” por muito tempo pode diminuir a sensibilidade da porção final
do intestino grosso, o reto, atrapalhando a evacuação.
Quando
não há nenhuma doença ou alteração no intestino, ou seja, quando o
problema é só a constipação, ela pode ser classificada em 3 tipos:
constipação de trânsito normal, distúrbios defecatórios e constipação de
trânsito lento.
A
constipação de trânsito normal é a mais comum. Neste tipo, os
movimentos intestinais são normais e a freqüência de evacuação também,
mas mesmo assim a paciente refere dificuldade para eliminar as fezes e,
por isso, se diz constipado. Como este tipo é mais simples, geralmente é
tratado com medicamentos laxativos e reeducação alimentar.
Os
distúrbios defecatórios geralmente são resultado de algum problema no
assoalho pélvico (os músculos que sustentam os órgãos abdominais) ou do
esfíncter anal. Uma característica deste tipo é o esforço excessivo e a
sensação de eliminação incompleta das fezes. Neste caso, como o problema
são os músculos, o tratamento são exercícios! Exercícios específicos
dos músculos da região pélvica (bacia) re-ensinam a paciente a controlar
estes músculos e facilitar a evacuação. Além dos exercícios, alguns
tipos de eletroterapia podem ajudar a aliviar o problema.
O
terceiro tipo, a constipação de trânsito lento, é causado por um
distúrbio neuromuscular do cólon, ou seja, existe um problema na
comunicação neurônios-intestino e, por isso, os movimentos intestinais
ficam mais lentos em todo o intestino ou só em uma parte dele. Este tipo
é caracterizado por uma urgência pouco freqüente, inchaço, desconforto e
dor abdominal, e as fezes geralmente são duras e secas. O tratamento é
igual ao do primeiro tipo, mas em casos extremos, pode precisar de
cirurgia.
Para
todos os tipos de constipação, exercícios aeróbicos, como caminhada e
corrida, e exercícios de força, como musculação, ajudam a regularizar os
movimentos intestinais, melhorando o desconforto da paciente. Mas, e a
fisioterapia, onde entra? Primeiro, no tratamento de problemas da
musculatura pélvica. Existem exercícios específicos e muitos recursos
que podem ajudar a paciente a melhorar o uso desses músculos e estimular
a sensibilidade do reto. E, além disso, existem também técnicas de
massagem que ajudam e estimulam os movimentos intestinais, melhorando
seu funcionamento. Procure sempre a ajuda de um especialista para
orientar qual o melhor tratamento. Lembre-se que você pode contar com a
equipe de profissionais da Corpus Liber, especializados no tratamento de
distúrbios do assoalho pélvico.
Fonte: Paula Leony