Fazendo
parte do complexo do assoalho pélvico, o esfíncter anal é uma estrutura
fundamental para manter a continência fecal juntamente com a motilidade
do cólon, volume e consistência das fezes, função de reservatório do
reto e tecido perivascular da mucosa anal. O esfíncter anal é dividido
em esfíncter anal interno (formado por musculatura lisa e fornece a
continência de repouso) e esfíncter anal externo (formado por músculo
estriado e é responsável pelas funções motoras e sensoriais).
As
disfunções anorretais podem ser decorrentes de problemas na musculatura
estriada, no ângulo ano-retal e na inervação sacral. E as mais comuns
são:
Incontinência fecal
Excreção
involuntária de resíduos em momento ou lugar inapropriado. É mais comum
em mulheres que tiveram partos vaginais e após procedimentos cirúrgicos
e traumas sexuais. O sintoma mais comum denomina-se soiling que é a
mancha de fezes nas roupas íntimas.
Encoprese
Incontinência fecal noturna.
Anismo
Contração paradoxal do músculo puborretal.
Algias anorretais, dentre elas
Proctalgia Fugaz (espasmo do músculo levantador do ânus sem causa definida).
Constipação intestinal
Sintoma
complexo e multifatorial, utilizado para descrever uma evacuação não
satisfatória, difícil ou infrequente ou ambas. O esforço evacuatório
contínuo pode acarretar danos ao nervo pudendo que é responsável pela
inervação do assoalho pélvico.
Descenso perineal
Falência do assoalho pélvico.
Prolapsos
Deslocamento dos órgãos de suas posições anatômicas.
A
fisioterapia melhora a qualidade de vida dos pacientes que apresentam
disfunções anorretais através de técnicas, tais como:
eletroneuroestimulação, biofeedback, treinamento dos músculos do
assoalho pélvico, treinamento retal com balão, massagem em assoalho
pélvico e modificação comportamental. Converse com seu médico sobre as
opções de tratamento!