quarta-feira, 31 de julho de 2013

CONHEÇA OS DIVERSOS TIPOS DE DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS


Quase metade de todas as mulheres sofre de algum tipo de dor na relação sexual. Existem diversos tipos de dor sexual, causadas por situações das mais distintas, mas a grande maioria tem tratamento, e até mesmo cura.

É normal que a relação sexual seja dolorosa?
No mundo todo cerca de quatro em cada dez mulheres sofre com algum tipo de dor durante a relação sexual. O termo dispareunia significa simplesmente "relação sexual dolorosa".
A dor pode acontecer após a relação, ou durante o intercurso da relação, apenas durante a penetração ou mesmo antes de a penetração acontecer.

Quais são os tipos de dor sexual?
Para algumas mulheres o problema não é constante: para elas, a maioria das relações com penetração não é dolorosa, mas a dor acaba aparecendo em uma ou outra relação isolada, com o mesmo parceiro ou não. No entanto, outras mulheres podem apresentar dor em toda e qualquer tentativa de penetração. Em certos casos a mulher sente dor sexual mesmo sem a penetração, apenas pelo estímulo da região genital.

Dispareunia: quando a mulher consegue ter relações sexuais sem dor, mas em algumas vezes a dor aparece, de maneira repetitiva. Pode haver dor no momento da penetração, durante o ato sexual ou mesmo antes de a pepetração acontecer.

Vaginismo: quando a mulher jamais conseguiu ter uma penetração sem ter dor (seja pelo pênis, por um dedo ou pelo absorvente interno), o problema é conhecido como vaginismo. Cinco em cada cem mulheres pelo mundo apresenta algum grau de vaginismo, onde nos casos mais severos a mulher não consegue ser penetrada de maneira alguma.

Disfunção sexual não-coital: quando a mulher sente dor sem a penetração, seja por um estímulo físico, como um carinho na região genital, ou a masturbação, ou mesmo por um estímulo psíquico (simplesmente de pensar ou ouvir falar em sexo).

Vulvodínia: quando há um desconforto na região vulvar (genitália externa, principalmente entre os pequenos lábios), sem que haja sinais de inflamação (vermelhidão com dor) ou de infecção (inflamação causada por microorganismo), que pode afetar 15% das mulheres.

Como é a dor sentida na relação sexual?
Há muita variação entre os casos, mas de um modo geral a dor sexual costuma se parecer com um queimor, um corte, uma agulhada, como o atrito de uma lixa, uma sensação de batida ou mesmo a sensação de rasgar. Os chamados graus de dor também variam: vão desde um leve desconforto - quase uma coceira - até uma dor insuportável. A dor sexual pode ser pontual (em apenas um local fácil de definir) ou generalizada (espalhada pela região genital, em uma área difícil de definir como apenas um ponto). Na forma pontual apenas um pequeno local é dolorido, como por exemplo o clitóris, ou então apenas os lábios vaginais, ou a entrada da vagina (linha da MAP), ou o fundo vaginal. Já a forma generalizada pode trazer dores em uma área que envolve, por exemplo, a vagina, a bexiga e o útero em conjunto, ou então toda a parte externa da região genital feminina. Esta dor que acomete apenas a região externa - ou vulvar - especialmente por dentro dos lábios menores, recebe o nome de vulvodínia.

O que pode causar dor na relação sexual?
Há uma série de fatores, internos (do próprio corpo) e externos (do meio) que podem causar dor na relação sexual.

  • Infecções vaginais: Dentre todas as causas de dor sexual secundária, a mais comum é a infecção vaginal por microorganismos, como fungos (cândida), bactérias (gardnerella) ou protozoários (trichomonas - lê-se 'tricomonas'). Infecções vaginais, especialmente na mulher sexualmente ativa, são quase tão comuns quanto resfriados, e tem tratamento simples e rápido. A característica principal (mas nem sempre presente) da infecção é o corrimento, com ou sem cor, com ou sem odor. Também pode haver coceira ou hiperemia (vermelhidão) no local.
  • Incoordenação da MAP: A musculatura do assoalho pélvico (MAP), responsável pela pressão sentida na entrada da vagina durante o ato sexual, tem papel fundamental no ato sexual. É necessário que MAP relaxe para que a penetração seja possível e prazerosa, tanto para a mulher quanto para o parceiro. No entanto algumas mulheres não conseguem relaxar a MAP, e o resultado do "aperto" excessivo ao redor do pênis é uma dor na mulher, semelhante àquela que acontece por conta da primeira relação sexual. Esse problema de incoordenação da MAP e causador de dor, é mais comum do que se imagina (afetando cerca de 15% das mulheres) e é tratado com fisioterapia.
  • Dor neurogênica (neuralgia): Dores neurálgicas são relacionadas a algum mal funcionamento da inervação. Nervos são como fios elétricos percorrendo o corpo. De fato, eles elevam esímulos elétricos do cérebro para os órgãos e músculos (por exemplo para produzir movimento), e dos órgãos e músculos para o cérebro (para que possamos perceber sensações como frio, sabor, dor, etc). Há um equilíbrio para o funcionamento dos nervos - uma quantidade certa de energia elétrica passando por eles. Quando há um caso, por exemplo, de hipersensibilidade de um determinado nervo, significa que energia demais está passando em um determinado nervo. O resultado é que o cérebro receberá a informação amplificada: o que deveria ser a sensação de um suave carinho é recebido pelo cérebro como um arranhar doloroso. Alguns casos de dor sexual, especialmente de vulvodínia, são causados por hipersensibilidade nervosa. O que deveria ser uma sensação de toque suave na região genital acaba sendo percebido como dor. Casos de dor sexual primária são, normalmente, causados por problemas neuropáticos, psicológicos ou uma associação dos dois.

Traumas físicos
Tecnicamente se usa o termo "trauma" como sinônimo de lesão, ou "machucado". Dor sexual pode ser causada por traumas físicos, como as lesões decorrentes de um parto complicado, um acidente automobilístico ou um efeito indesejado de uma cirurgia perineal. Um parto complicado, por exemplo, pode lesionar a inervação local, levando aos efeitos da dor nerugênica, descrita acima.

Traumas psicológicos
A dor sexual pode ser fruto de situações de estresse psicológico sobre a sexualidade da mulher, como por exemplo uma criação muito rígida (que proíba, por exemplo, a masturbação), abuso sexual na infância ou secundário à estupro. O fato de o estresse emocional ser inconsciente significa que, na maioria dos casos, a mulher nem mesmo desconfia da sua existência. Noutros termos, ela não lembra que, algum dia, passou por algum evento que acabou se tornando traumatizante, e tempos depois ocasionando a dor sexual. Ou, se ela lembra do evento, não consegue associá-lo à dor. É fundamental o acompanhamento do psicólogo, que investigará a existência de conflitos, as origens do problema e as possíveis soluções.

Eu tenho dor na relação sexual. O que devo fazer?
Lembre-se de que existem diversos tipos de dor na relação sexual, que podem ser causadas pelas situações mais distintas. A primeira coisa a se fazer quando se percebe alguma dor ligada à relação sexual é consultar o médico ginecologista para identificar qual o problema e o que o está causando. É o que chamamos diagnóstico. O tratamento só vai funcionar com o diagnóstico correto. De acordo com o tipo de problema, o tratamento se resume basicamente em farmacoterapia (medicamentos), psicoterapia e fisioterapia especializada.

Casos de dor psicogênica, comuns por exemplo em casos de vulvodínia, assim como os de incoordenação da MAP, comum nos casos de vaginismo, estão quase sempre associados a algum estresse emocional, quase sempre inconsciente. O psicólogo investigará eventuais conflitos e as origens do problema. Estar ciente do evento que desencadeou todo o processo de dor é o primeiro passo para entendê-lo, enfrentá-lo e assim resolvê-lo. Qualquer situação que envolva a sexualidade influencia intimamente o emocional. É fundamental que problemas de dor sexual sejam acompanhados por psicólogo.

Tratamento fisioterápico
É comum que os diferentes tipos de dor sexual tenham algum componente físico relacionado. E este componente pode e deve ser tratado com fisioterapia específica. Técnias visando a melhoria do conhecimento corporal, da consciência genital, da elasticidade da entrada do canal vaginal e da coordenação motora da MAP, são algumas das ferramentas que o fisioterapeuta especialista dispõe para o tratamento das dores relacionadas à sexualidade feminina.

Para os casos onde a dor é causada por incoordenação da MAP, a fisioterapia específica é a modalidade que mais fornece resultados. Também para os casos de dor sexual neurálgica, como na vulvodínia, técnicas fisioterápicas específicas vêm conquistando mais e mais espaço de destaque nos meios científico e clínico. A fisioterapia para as disfunções de dor sexual, hoje, fazem parte do chamado padrão áureo de tratamento deste tipo de problema, o que significa o tratamento faz parte da opção de primeira escolha para os grupos de estudo e tratamento mais importantes do mundo.

Fonte: Perineo.net

quarta-feira, 24 de julho de 2013

VEJA COMO TRATAR AS LESÕES QUE PODEM OCORRER APÓS O PARTO


Durante a passagem do bebê a MAP (músculo do assoalho pélvico) é distendida mais de três vezes acima de sua capacidade normal de resistência. Ainda, durante o encaixe e expulsão do bebê, a inervação local sofre um longo período de compressão. A compressão contínua de uma inervação dificulta sua oxigenação e pode comprometer seu funcionamento. Na prática, um nervo lesionado leva ao mal funcionamento das estruturas inervadas por ele, no caso, a MAP, bexiga, uretra, vagina e esfíncter anal. De fato, estudos vêm mostrando que a função elétrica (funcionamento) do nervo pudendo (que inerva a região uro-genital) é reduzida em mulheres que tiveram partos, especialmente partos normais.

Mas, normalmente, as lesões por compressão nervosa tendem a regredir em algumas semanas ou, nos casos de partos mais demorados, logo nos primeiros meses. Já para os casos de lesão muscular ou ligamentar, a correção normalmente precisa ser cirúrgica. Em alguns casos, mais brandos, exercícios específicos de fortalecimento da MAP podem fazer com que essa musculatura melhore a sustentação dos órgãos pélvicos, não necessitando cirurgia.

Não é difícil imaginar que se a MAP contrair-se durante a passagem do bebê, a lesão pode ser maior. Desta forma, mulheres que exercitam regularmente sua MAP, apresentando assim um grau maior de coordenação motora e controle da musculatura, apresentam grande vantagem. Mulheres que dominam os exercícios perineais têm maior facilidade em relaxar a MAP para permitir a passagem mais tranquila do bebê, e ao mesmo tempo contrair os abdominais, ajudando na expulsão. A respiração lenta e profunda trabalhada nestes exercícios ajuda a economizar energias para o momento da expulsão.

Para o parto normal, o movimento exigido da mulher é exatamente o mesmo utilizado na segunda etapa dos exercícios com o ben wa: contração da musculatura abdominal e relaxamento da MAP. Contudo, exercícios não orientados durante a gestação oferecem grande risco, e portanto só são indicados com o aval de um profissional competente.

Outra técnica útil na preparação para o parto vaginal é a massagem perineal. Quando realizada de maneira correta, no período certo e com frequência adequada ela tende a aumentar na elasticidade e alongamento da entrada da vagina, importante para o momento da passagem do bebê. Pode-se inclusive minimizar ou até evitar a necessidade de episiotomia (pequeno corte realizado pelo obstetra na entrada do canal vaginal para facilitar a passagem do bebê).

Fonte: Perineo.net

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ENTENDA O QUE SIGNIFICA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL E SAIBA COMO TRATAR


Mais de 20% de toda a população feminina sofre com algum grau de constipação. Entre as gestantes esse valor é superior aos 40%. Normalmente o problema é comportamental e, portanto, fácil de resolver com fisioterapia!

O que é constipação?
Em condições normais o intestino funciona sempre num mesmo horário, como por exemplo após uma das refeições principais (café da manhã ou almoço), quando os movimentos intestinais são ativados pelo reflexo do estômago ao receber os alimentos. Mas, embora o ideal seja evacuar ao menos uma vez por dia, é considerado normal evacuar até 3 vezes por semana, no mínimo. Menos do que isso já caracteriza a constipação ou prisão de ventre. Mas não é apenas o não evacuar que caracteriza a constipação. Casos de dificuldade ao evacuar, como por exemplo o chamado intestino preguiçoso também são enquadrados no conceito de constipação. O mal funcionamento intestinal pode ser caracterizado por fezes muito duras, muito pequenas, difíceis de serem evacuadas, ou pela sensação de esvaziamento incompleto (que ainda restaram fezes que não puderam ser evacuadas).

Como saber se eu tenho constipação?
Considera-se constipação quando, ao evacuar, acontecem uma ou mais das situações seguintes:
  • Esforço demasiado para evacuar; 
  • Fezes muito duras ou em pedaços pequenos; 
  • Sensação de evacuação incompleta; 
  • Sensação de obstrução retal; 
  • Necessidade de comprimir o abdome;
  • Ajudar a evacuação com os dedos.

Quais as causas da constipação?
  • Evitar evacuar em banheiros públicos.
  • Dieta inadequada.
  • Hemorróidas, fissuras e outros problemas que causam dor local.
  • Anismo: Incoordenação da MAP.
  • Megacolon: Distensão e perda da sensibilidade da ampola retal

Como evitar?
Pouca gente sabe, mas a postura para evacuar é fundamental para que o esvaziamento intestinal seja realizado de maneira eficaz. Para tanto, é necessário sentar-se confortavel e relaxadamente, afastar suficientemente as pernas (a calcinha não deve ficar nem nas coxas e nem nos tornozelos, mas deve ser tirada ao menos de um dos pés). O tronco deve estar inclinado levemente para a frente, o suficiente para que os cotovelos possam repousar por sobre os joelhos. Para que isso seja possível mesmo fora de casa, é fundamental que a mulher procure se reeducar psicologicamente (nem sempre banheiro fora de casa significa banheiro sujo) e procurar formas alternativas de proteção, como por exemplo capas descartáveis para cobrir a tampa do vaso.

É complicado tentar regredir falhas educacionais que, enraizadas em nossa cultura, vão sendo passadas de mãe para filha durante gerações sem que se perceba o erro nos conceitos mais básicos. Quando a dificuldade em vencer uma questão psicológica dessas é maior, a ajuda de um profissional de psicologia pode ser bastante útil. Estar atenta a estes conceitos na educação das novas gerações é fundamental para que, desde agora, as meninas de hoje conheçam e aceitem naturalmente e sem preconceitos a forma correta de evacuar, não se tornando as mulheres constipadas de amanhã.
Também é importante manter um acompanhamento regular com médico ginecologista e fisioterapeuta especialista sobre as condições gerais do assoalho pélvico, de toda a MAP - especialmente o músculo puborretal - , e das condições da mucosa retal (pele que reveste o reto internamente). Mulheres no pós-parto e menopausa necessitam uma atenção especial.

Tratamento
Como em praticamente todos os problemas do assoalho pélvico, o sucesso do tratamento vai depender da precisão do diagnóstico. Problemas de incoordenação podem ser regredidos facilmente com exercícios que estimulem a percepção e o conhecimento da musculatura afetada. Mas, do mesmo modo que na retenção urinária, a maioria dos casos de constipação são causados por comportamento inadequado, seja a postura incorreta no vaso sanitário, desrespeito do desejo de evacuar (segurar por muito tempo), baixa ingesta hídrica, etc. Deste modo, a primeira etapa é tratar a parte psíquica do problema, ou seja, fazer o que chamamos reeducação.

Estar atenta para perceber e reconhecer o desejo evacuatório (vontade de evacuar) e respeitar este momento é fundamental. Conhecer a técnica correta de se sentar no vaso sanitário, de maneira relaxada e despreocupada, assim como relaxar totalmente a MAP, requer treino e é uma prática que deve ser exercitada continuamente. Em seguida devem ser identificados os componentes físicos do problema. Um médico ginecologista ou fisioterapeuta especialista podem examinar com precisão o estado dos esfíncteres anais e especialmente do músculo puborretal (componete da MAP importantíssimo na evacuação).

A alteração em qualquer um destes componentes pode estar causando ou piorando um caso de constipação. Felizmente existe tratamento a partir de fisioterapia para todas estas situações. Contudo, o sucesso do tratamento depende da precisão no diagnóstico. Diagnósticos imprecisos levam a tratamento equivocados, que podem ao invés de melhorar, piorar o problema. Para os casos de incoordenação do puborretal ou dos esfíncteres, a terapia manual e o biofeedback fornecem resultados excelentes. Casos de baixa sensibilidade da ampola retal também podem ser regredidos através de ressensibilização com eletroterapia e/ou balão de ressensibilização, dependendo de cada caso. Dificuldade no trânsito intestinal pode ser estimulada instantaneamente com massagem específica pelo trajeto intestinal.

Fonte: Perineo.net

sexta-feira, 12 de julho de 2013

ENTENDA A FUNÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO NO MOMENTO DO PARTO


A gestação é um período de grandes mudanças corporais e psicológicas na vida da mulher. Apesar de natural, este estado exige alguns novos cuidados para com a saúde. Hoje já é sabido que, dentre estes cuidados, os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico (MAP) são indispensáveis.

A MAP fecha a parte inferior da pelve. Por este motivo eles acabam sustentando o peso dos chamados órgãos pélvicos (útero, ovários, bexiga, etc), mantendo-os em suas posições normais dentro da cavidade pélvica, e sendo exigidos constantemente durante toda a vida a mulher para estabilizar qualquer tipo esforço, por menor que seja. Os órgãos são sustentados por ligamentos e fáscias (elásticos biológicos que prendem os órgãos aos ossos). Como qualquer elástico, os ligamentos e fáscias não podem ser submetidos a tensão constante: eles podem ser exigidos apenas em períodos curtos de tempo. Do contrário eles vão sofrendo microlesões e por fim podem vir a ser rompidos. Quem evita este tipo de sobrecarga, e portanto de lesão, é justamente a MAP, que contrai-se vigorosamente empurrando os órgãos para cima durante os esforços, protegendo o trabalho dos ligamentos.

Quando a MAP está fraca os ligamentos são lesionados e falham em sua função de sustentação. Então os órgãos saem de sua posição natural (descem), ocasionando problemas como os prolapsos genitais e a incontinência urinária, comuns em mulheres em todas as faixas etárias. No entando, estes problemas são muito mais comuns em mulheres com um ou mais partos.

Durante a gestação, como se pode imaginar, a sobrecarga na MAP é radicalmente aumentada. Afinal, além de sustentar o peso constante dos órgãos pélvicos agora ela precisa sustentar todo o peso do bebê e dos anexos embrionários (placenta, líquido amniótico, etc), durante todo o dia - especialmente quando a mulher está em pé ou sentada. Por este motivo seria ideal que a mulher, ao planejar ter filhos, treinasse sua MAP antes e durante a gestação. Os treinos de força, de coordenação motora da MAP e a massagem perineal são exemplos de terapias bastante úteis para minimizar os problemas descritos. Ainda, é importante lembrar que problemas como incontinência urinária e prolapso genital podem surgir tanto no pós-parto imediato quanto tardiamente (anos depois).

Durante a gestação, MAP fortes oferecem um apoio maior ao útero, o que reduz a pressão sobre a bexiga e diminui as dores lombares, comuns neste período; evitam a sobrecarga nas fáscias e ligamentos, reduzindo o risco de prolapso genital e garantem uma recuperação mais rápida e tranquila após o parto.

Importância da MAP no parto vaginal ou cesário
O maior causador de lesão do assoalho pélvico é o parto. As lesões que originam os prolapsos genitais, por exemplo, podem ser visualizadas em mulheres que têm filhos, mas quase não são encontradas nas mulheres sem filhos, o que indica que o parto deve ser o maior responsável por estas lesões. Mas ao contrário do que se pode imaginar, não é o parto normal o único responsável por este tipo de lesão. As lesões do assoalho pélvico ocorrem duranto o segundo estágio do trabalho de parto (ou período expulsivo), onde as contrações uterinas mais fortes fazem com que a cabeça do bebê seja projetada repetidamente contra o assoalho pélvico. É neste período que acontece a dilatação do colo uterino.

É importante frisar que o período expulsivo está presente tanto no parto normal quanto na maioria dos partos cesários. É comum que a cesária seja inciada quando o colo uterino já começou a se dilatar, ou seja, com o período expulsivo já inciado. Em suma, ao serem alcançados os nove centímetros de dilatação do colo uterino, o que havia para ser lesionado já o foi. Músculo preparado corre menos risco de lesão. Assim, a mensagem que fica é que, tanto para o parto normal quanto para a cesariana, a MAP deve ser preparada - com exercícios. Em conjunto, os treinos de força, de coordenação motora da MAP e a massagem perineal durante a preparação para o parto, todos executados por fisioterapeuta especializado, podem minimizar em muito os riscos.

Fonte: Perineo.net

domingo, 7 de julho de 2013

BRASILEIROS EQUILIBRAM BEM O TEMPO GASTO COM TRABALHO E VIDA PESSOAL


Os brasileiros estão entre os profissionais que mais conseguem equilibrar o tempo gasto entre os compromissos do trabalho e vida pessoal. Os trabalhadores também estão 82% mais satisfeitos com o emprego em 2013 do que no ano passado, de acordo com pesquisa feita pela Regus, empresa especializada em soluções de espaços para escritórios.

O país ficou com 137 pontos no índice usado para fazer o levantamento. Só 19% dos entrevistados do Brasil responderam que estavam passando mais tempo longe de casa. A média global foi de 42%. O número de satisfeitos com a quantidade de horas que conseguem dedicar aos assuntos privados subiu de 51% em 2012 para 54%. Segundo a companhia, o cálculo do índice, que não tem limite de pontos, considera informações sobre equilíbrio profissional e pessoal como, por exemplo, horas trabalhadas e o tempo que o profissional consegue dedicar diariamente para questões de fora da empresa. Ao todo, 26 mil pessoas foram entrevistadas em todo o mundo. O número do Brasil é maior em nove países, incluindo a Índia (138), Chile (142) e Panamá (156) -- líder da lista. A média global é de 120.

"As companhias estão percebendo que para manter talentos precisam se esforçar na ampliação de políticas de trabalho mais flexíveis, oferecendo, por exemplo, alternativas de local de trabalho diferentes", disse em nota Fernanda Patzina, diretora de área da Regus. O estudo também mostrou que no Brasil, quem é dono do próprio negócio está mais satisfeito com o trabalho (84%) em comparação com quem é funcionário de alguma empresa (70%). Outra pesquisa feita pela companhia havia mostrado que para 51% dos profissionais entrevistados no Brasil, a flexibilidade de horário e local permite que os trabalhadores passem mais tempo com a família.

sábado, 6 de julho de 2013

FAÇA EXERCÍCIOS: VEJA AS PRINCIPAIS MODALIDADES E SEUS BENEFÍCIOS


Veja a seguir as características, benefícios e cuidados das principais modalidades esportivas selecionadas pelos jogador de futebol Raí:

Natação: Considerado um esporte completo, a natação pode e deve ser feita em qualquer idade.






Vôlei: No vôlei os braços saem ganhando a cada tapa na bola. É o esporte coletivo mais indicado para quem passou dos 60 anos.








Futebol: O futebol é ótimo para crianças mais tímidas. A chance de fazer amigos dentro e fora das quatro linhas aumenta a cada toque na bola.








Ginástica artística: A ginástica artística pode ser iniciada aos 3 anos de idade. Aos 10 anos os atletas que se destacam já começam a pensar em esporte profissional. As ginastas participam de Olimpíadas e campeonatos mundiais a partir dos 16 anos e encerram suas carreiras por volta dos 30.






Capoeira: A capoeira ainda é confundida com uma dança por conta de seus movimentos amplos e harmônicos, já que os golpes seguem o compasso da música. Mas assim como o caratê, o judô e tantas outras lutas, a capoeira é o embate do forte opressor contra o fraco inteligente.






Handebol: O handebol é de fácil aprendizado pela garotada. O manejo da bola é muito simples e possibilita a participação de todos nas jogadas.








Artes Marciais: Essas modalidades, quando bem orientadas, fazem o contrário: controlam a agressividade e ajudam na concentração, fora toda a filosofia que existe por trás desses esportes.







Atletismo: Os movimentos do atletismo são naturais desde a infância. Repare: correr, saltar e lançar está presente na maioria das brincadeiras infantis. Entendeu por que é tão importante deixar a meninada brincar por aí?






Basquete: Os especialistas dizem que na fase que vai dos 10 aos 15 anos é muito importante tomar cuidado com a carga dos treinamentos. Os deslocamentos feitos de forma insistente podem ser prejudiciais ao crescimento corporal. Nessa fase, vale tratar a prática com um pouco menos de seriedade. Os 16 anos seriam a idade ideal para começar a jogar basquete pra valer.



Ciclismo: Ensinar a criança a andar de bike exige paciência: comece com as rodinhas e só retire-as quando o pequeno estiver confiante nas pedaladas.








Fonte: Saúde

sexta-feira, 5 de julho de 2013

INVISTA NO PILATES PARA MELHORAR SEU DESEMPENHO SEXUAL


Melhora da postura, alívio de dores lombares, aumento da flexibilidade e força abdominal... estes são alguns dos benefícios mais conhecidos do Pilates. Mas  pouco se tem notícia sobre os efeitos dessa prática para o desempenho das atividades sexuais da mulher. Pensando nisso, a instrutora de Studio Pilates do Centro de Bem-Estar Levitas, Thaís Jacomeli, explica como é possível melhorar o prazer durante o ato sexual, proporcionando o mesmo ao parceiro, e quais técnicas podem ser usadas para isso.

Segundo a profissional, durante a aula de Pilates trabalha-se muito a musculatura do assoalho pélvico, responsável pela sustentação dos órgãos pélvicos. Alguns exercícios nesta região auxiliam diretamente no desempenho sexual da mulher, já que a irrigação sanguínea é estimulada, favorecendo as condições que levam ao orgasmo e melhoram a sensibilidade local.


"As técnicas são simples e podem ser feitas em casa. O mais importante é entender o movimento e a contração desejada, até conseguir, com muito treinamento, reproduzir essa contração do assoalho pélvico no dia a dia e durante o ato sexual", afirma Thaís. O Pilates é muito eficaz para incentivar a consciência corporal, mas entender o próprio corpo e saber contrair um determinado grupo muscular exige dedicação e concentração. Os resultados podem ser observados em pouco tempo.

"Toda mulher tem o direito de falar sobre sexo, já passamos da época de submissão e constrangimento para falar sobre o assunto. Liberdade sexual também é importante para a autoestima, portanto não podemos ter medo nem preguiça de investir no prazer e na saúde", conclui a fisioterapeuta.


Confira alguns exercícios indicados pela instrutora de Pilates do Levitas e que podem ser feitos em casa:

1.    Deite de costas, com joelhos flexionados e pés ligeiramente afastados. Se concentre na posição do quadril e assegure que esteja numa posição confortável, sem dor. Contraia o abdômen, sem mexer o tronco, levando o umbigo em direção do chão, encolhendo a barriga. Mantenha essa contração por 3 segundos e solte. Repita o movimento 4 vezes.

2.    Agora cole um joelho no outro, ainda flexionados. Empurre um contra o outro durante 3 segundos e solte. Repita essa contração 4 vezes para estimular a musculatura pélvica.

3.    É muito importante entender a contração que queremos aqui: mantenha a posição número 1 e se imagine prendendo o xixi. Pode parecer estranho, mas para a contração efetiva da musculatura genital, precisamos desse comando. Expire contraindo os músculos da vagina, conte até 30 e relaxe inspirando. Repita esse exercício 4 vezes.

4.    Partindo da posição número 1, articule o quadril (encostando a lombar completamente no chão), contraia glúteos e eleve o quadril devagar, desencostando as vértebras do chão até a altura dos ombros. Nessa posição ‘de ponte’, inspire abrindo os joelhos e expire fechando. Repita o movimento 4 vezes, partindo do chão para a posição de ponte.

5.    Para avançar o exercício anterior, coloque uma bola de plástico ou almofada entre os joelhos e aperte por 30 segundos. Repita 4 vezes. Se sentir dor ou desconforto, não repita mais o movimento.

Além dos exercícios básicos de fortalecimento pélvico, é possível estimular a flexibilidade da seguinte maneira: deite de costas, sola dos pés unidas com joelhos abertos. Mantenha nessa posição por 30 segundos, inspirando e expirando lentamente.

Fonte: MdeMulher

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A BOLSA ESTOUROU! E AGORA? SAIBA O QUE FAZER NESSE MOMENTO


Diferentemente do que pensam muitas mulheres, nem sempre o rompimento da bolsa é o primeiro sintoma do trabalho de parto. “Apenas 10% das grávidas em final de gestação têm a ruptura repentina, antes de o processo propriamente dito começar-- E vivenciam aquela “cena de novela”, encarando o aguaceiro. Na maioria das vezes, a bolsa se rompe durante o trabalho de parto”, explica a ginecologista e obstetra Daniela Moreira, de São Paulo.

Seu colega Jorge Góes, também da capital paulista, complementa: “São as contrações do útero que normalmente sinalizam que é chegado o momento de dar à luz . Mas, se a mulher sentir ou desconfiar que está perdendo líquido amniótico em qualquer momento da gestação, deve procurar um hospital. O mesmo vale caso ela perceba que  a bolsa estourou, porque isso significa que ela já está ou vai entrar em trabalho de parto”.

De forma geral, depois que a bolsa se rompe, o parto ocorre, no máximo, em 48 horas. No entanto, alguns obstetras optam por induzir o nascimento logo em seguida. “Se  o bebê estiver maduro, o ideal é não prolongar a espera”, diz Daniela. Mas, para isso, o pré-requisito é que a mulher esteja com, no mínimo, 34 semanas de gestação. Antes de completar esta idade gestacional, se não houver sinal de sofrimento nem de infecção para a mãe e bebê, o parto é adiado. Podem ser necessários medicamentos para segurar o bebê mais um pouco dentro do útero. Como o líquido amniótico continua a ser produzido pela placenta, a mulher terá de ficar em repouso para mantê-lo. Então, calma: a enxurrada não significa que o bebê irá nascer imediatamente! O obstetra é quem irá avaliar a necessidade de fazer o parto ou esperar mais um pouco, em condições controladas para evitar infecções.

A sensação
Quando a bolsa estoura, a mulher sente um líquido quente escorrendo pelas pernas.  “O processo é indolor. É como se estivesse fazendo xixi, mas sem controle do fluxo”, explica a ginecologista obstetra Tânia Schupp, de São Paulo. “O líquido amniótico é transparente e tem um odor parecido com o da água sanitária”, descreve Daniela. Dessa forma, é importante reparar: caso o líquido esteja com alguma coloração ou sangue, a mamãe deve avisar imediatamente ao médico. Pode estar ocorrendo um descolamento de placenta ou algum outro tipo de lesão.

O que fazer?
Mantenha a calma. Se o líquido for claro, coloque um absorvente, ligue para o seu ginecologista, tome um banho e peça para alguém te levar para a maternidade. Se o líquido estiver escuro, apresse-se e vá rapidamente ao hospital.

Na maternidade
Ao chegar ao hospital, o médico irá avaliar o histórico da gestante, assim como o seu estado. Se a mulher não possuir contraindicações para um parto normal, acompanha-se o trabalho de parto por meio das contrações, do bem-estar fetal, das dilatações e da descida do feto pelo canal de parto. A dilatação é medida por meio do exame de toque, quando o médico introduz dois dedos na vagina da gestante. “Dez centímetros é o total necessário para que a cabecinha do feto passe”, explica Jorge. Caso a mamãe não atinja esta abertura, é realizada uma cesárea.

Afinal, qual o primeiro sintoma do trabalho de parto, então?
Na realidade, o primeiro sintoma do trabalho de parto são as contrações do útero. Elas doem, começam com intervalos de 5 minutos e vão aumentando a frequência conforme a evolução do quadro. As contrações uterinas duram mais ou menos quarenta segundos. A dor se assemelha à de uma cólica menstrual. Conforme vai se aproximando a hora de parir, as dores e as contrações vão ficando mais fortes. Segundo  Jorge, “quando ocorrem duas dores fortes em um período de dez minutos, caracteriza-se o trabalho de parto”.

Fonte: Bebê Abril