Você só queria ajudar e acaba sendo intrometido. Tenta descontrair, mas cria um climão. Se suas intenções são boas, mas os resultados não são, pode ser um problema de autoimagem distorcida. Cada um tem uma percepção de si que orienta o jeito como lida com os outros. "Desde pequeno, você age de um modo e é criticado. Age de outro, e acham graça. Assim, vai criando estratégias para se relacionar", diz a psicóloga Daniela Carneiro, de Minas Gerais. Mas, às vezes, características que são positivas para uns assumem um sentido negativo para outros. "Quem tem família onde todos gritam aprende a gritar para se impor, mas pode repetir isso onde é inadequado", diz a consultora de imagem Patrícia Tucci, autora do livro Qual É a sua Imagem?
Primeira Impressão
Sabe aquela sensação estranha de ouvir sua voz gravada ou se ver em um vídeo? Acontece com bastante gente: é que construímos nossa autoimagem levando muito em conta nossos pensamentos - e deixando tom de voz, gestos e expressões faciais em segundo plano. Por outro lado, esses elementos pesam bastante na imagem que os outros constroem de nós. A primeira impressão que temos de uma pessoa, formada nos primeiros minutos em que a conhecemos, é 55% composta por sua aparência e linguagem corporal, 38% pelo tom de voz e apenas 7% pelo conteúdo dito - segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia. "No longo prazo, o que sustenta a imagem é o conteúdo, mas pode levar tempo para reverter uma má impressão", diz a consultora de imagem Patrícia Tucci. Tente perguntar a amigos próximos qual foi a primeira impressão que tiveram de você e fique atenta aos pontos que considerar incômodos.
Modesto ou coitadinho?
Você se acha... O tipo que prefere não criar expectativas para não se decepcionar. Evita ser egocêntrico: não sai por aí contando vantagem e, ao ouvir os problemas dos amigos, se solidariza e divide os seus com eles.
Mas pode parecer... Uma pessoa sem iniciativa, que se faz sempre de vítima e que não tem nenhuma qualidade ou valor. O que você chama de realismo pode ser visto como pessimismo
O que pode mudar? Valorize e conte aos outros suas vitórias. Aceite elogios, sem rebatê-los imediatamente com alguma autocrítica. Ao ouvir um desabafo, evite se identificar e reforçar o lado negativo da história
Extrovertido ou inconveniente?
Você se acha... Ótimo para quebrar o gelo e bom de timing para contornar situações constrangedoras. Tem certeza de que a admiram por se dar bem com todos e por conseguir conversar sobre qualquer assunto.
Mas pode parecer... Que você é totalmente invasiva! Muita gente não gosta de intimidade demais. Além disso, há momentos que são tensos ou embaraçosos de verdade - e nem sempre é adequado tentar aliviá-los fazendo piadinha ou mudando de assunto.
O que pode mudar?- Observe se as pessoas estão entediadas ou desconfortáveis enquanto você fala. Demonstre interesse pelo que o outro tem a falar e ouça-o sem interromper. Ao escutar alguém, evite expressões ou tiques que demonstrem impaciência
Sincero ou mal-educada?
Você se acha... Capaz de falar tudo "na cara". Defende que dizer a verdade ajuda o outro a enxergar melhor os problemas e a crescer a partir disso. E que amigo que é amigo não fica consolando e escondendo a realidade, mas sempre abre o jogo.
Mas pode parecer... Insensível e grosseiro. Em geral, as pessoas conhecem muitos de seus defeitos e pontos fracos; não é preciso lembrá-las disso o tempo todo.
Pense bem: você tem mesmo intimidade com aquela pessoa? O momento é adequado para sair dizendo suas verdades? Passe a observar quem é mais sensível e costuma se magoar com seu jeitão franco. Uma vez basta! As pessoas se lembram da sua opinião contundente. Não precisa repeti-la
Autoconfiante ou arrogante?
Você se acha... Uma pessoa competente, determinada e que não teme desafios. Como acredita muito no seu potencial, não gosta de perder tempo resolvendo um problema.
Mas pode parecer... Que você não está nem aí para a opinião dos outros. E que só conhece um jeito certo de fazer as coisas: o seu. Espírito de liderança é positivo, mas até as pessoas inseguras gostam de ser ouvidas e participar
Confiante sem arrogância- Dê tempo para o outro refletir, se manifestar e, quem sabe, até discordar de você. Ao criticar alguém, seja sutil nas palavras e no tom e não faça isso em público ou estressada. Ninguém precisa ouvir "eu avisei!" ao levar um fora. Segure a necessidade de se autoafirmar.
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Fonte: MdeMulher