terça-feira, 30 de abril de 2013

ANTIDEPRESSIVOS: USO INADEQUADO PODE TRAZER RISCOS À SAÚDE


A solução de qualquer empecilho, hoje em dia, tem que ser rápida, bem rápida. No trabalho, na universidade e por aí vai, há uma demanda para que obstáculos sejam tirados do caminho o quanto antes, não importa o quê. O cenário é semelhante dentro das clínicas psiquiátricas. Atualmente, melancolia e outros sentimentos tão desagradáveis quanto naturais fazem com que os pacientes muitas vezes exijam dos médicos uma pílula milagrosa que traga alegria a jato. "Estamos observando um crescimento no consumo de antidepressivos que não se traduz em melhor assistência à população", lamenta Ricardo Moreno, coordenador do Programa de Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas paulistano. "Isso evidencia um potencial abuso dessas drogas", analisa o psiquiatra. 

O drama é que esses medicamentos estão longe de serem inócuos. Segundo uma revisão da Universidade McMaster, no Canadá, os efeitos colaterais vão muito além da cabeça. "A maioria dos fármacos contra depressão aumenta a disponibilidade de serotonina, neurotransmissor que não age somente no cérebro, mas também no sistema digestivo, no funcionamento do órgão reprodutor masculino e até na coagulação sanguínea", explica Paul Andrews, neurocientista e autor da pesquisa. Ou seja, esses remédios acarretam desde diarreia e disfunção sexual até um eventual derrame. Aliás, esse último fator ajudaria a justificar a maior taxa de mortalidade em idosos que tomam antidepressivos encontrada no estudo.

O uso prolongado gera ainda mais consequências nocivas. "Há uma tendência ao ganho de peso, à perda de libido e, em certos casos, o indivíduo sofre com anestesia afetiva", exemplifica Moreno. O comprimido em si, no entanto, não deve ser visto como um inimigo. "O mal está em usá-lo como muleta. Que fique claro: ele não resolve problemas do cotidiano", enfatiza Alexandre Saadeh, psiquiatra da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um relatório com indícios de que, além da tristeza, a ansiedade também vem sendo supermedicada. O documento revela que, entre os remédios de venda controlada, os benzodiazepínicos — que englobam os chamados ansiolíticos e hipnóticos — ocupam as três primeiras posições em número de vendas. "Esse tipo de droga age sobre o gaba, neurotransmissor que inibe o sistema nervoso central, provocando relaxamento", ensina a farmacologista Márcia Maria de Souza, da Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. "Por isso, ele é bastante prescrito para ansiedade generalizada, pânico e insônia", acrescenta. 

"O boletim em si não nos permite falar em abuso, mas os números realmente chamam a atenção, especialmente porque os benzodiazepínicos causam dependência", ressalta Márcia Gonçalves, coordenadora do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados da Anvisa. Tanto que o ideal é não ultrapassar um mês de utilização. Entretanto, o prazo é desrespeitado por muita gente. Em um levantamento da Universidade Federal de São Paulo, a média de uso contínuo das 33 voluntárias consultadas pelos cientistas era de, acredite se quiser, sete anos. "Nesse grupo, a maioria conseguia o fármaco por vias lícitas", destaca Ana Regina Noto, coordenadora do trabalho. A título de curiosidade, em geral as entrevistadas afirmavam que obtinham as prescrições trocando de médico ou encontrando um, digamos, mais leniente.

"Para piorar, boa parte das mulheres avaliadas não possuía um bom conhecimento sobre os riscos da medicação", aponta Ana Regina. Eles não são poucos. "Dificuldade em armazenar novas memórias, letargia, sonolência e perda de coordenação motora são os mais comuns", avisa Márcia Maria de Souza. Isso sem contar que, se acontece uma interação com álcool, as reações tendem a ser intensificadas. 

Os potenciais danos advindos de benzodiazepínicos ou antidepressivos dão ainda mais importância às psicoterapias — essas, sim, sem efeitos colaterais para o organismo. "Elas lidam diretamente com o que muitas vezes está desencadeando o mal-estar e, com as conversas, o especialista sabe se realmente será necessário prescrever remédios", atesta Saadeh. A busca por atividades que tragam prazer e tranquilidade também ajuda a deixar as drágeas menos atraentes. Assim, com um pouco de paciência, dá para o lado bom da vida ressurgir pelas suas próprias mãos.

Estragos dos pés à cabeça 

Pênis
Alterações nos níveis de serotonina elevam o risco de impotência. 

Intestino
Diarreia ou constipação são comuns em quem toma antidepressivos. 

Veias e artérias
Em tese, o medicamento aumenta a probabilidade de um trombo se formar e, então, entupir vasos. 

Cérebro
A pílula da felicidade pode resultar em sono ruim e apetite voraz. 


O lado ruim do relaxamento artificial

Desatenção
Benzodiazepínicos prejudicam a concentração, motivo pelo qual menos fatos se fixam na memória.

Sonolência
A vontade de cerrar os olhos aumenta. Nem pense em dirigir sob os efeitos da droga.

Reflexos lentos
O desempenho em práticas esportivas cai. Já a probabilidade de quedas...

Glaucoma
Em casos raros, o fármaco pode fazer subir a pressão intraocular.


Um exame de sangue que acusa doenças psiquiátricas

Centros de pesquisa do porte da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e do Instituto Max-Planck, na Alemanha, investigam se distúrbios mentais produziriam moléculas específicas que poderiam ser identificadas ao caírem na circulação por meio de um simples teste sanguíneo. "Uma análise desse tipo seria útil para perceber problemas em estágio inicial e dar mais segurança ao médico", defende Ricardo Moreno. "Isso é complicado, porque transtornos dessa espécie têm vários estágios. Um teste assim provavelmente não será exato, gerando muitos diagnósticos errados", contrapõe Alexandre Saadeh.

Fonte: Saúde

segunda-feira, 29 de abril de 2013

FIQUE DE OLHO NA HIPERTENSÃO E SAIBA COMO TRATAR


Dia 26 de Abril foi o Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Aproveite para saber o que é a doença e quais os sintomas e cuidados que você deve tomar. E não se esqueça de medir sua pressão arterial periodicamente!

O que é hipertensão?


Imagine uma rua estreita com excesso de veículos. Assim é a hipertensão: um desequilíbrio entre o volume de sangue em circulação - a quantidade de carros - e a capacidade dos vasos - a rodovia, na nossa comparação. 

E por que os tais "14 por 9" assustam tanto? A expressão está na boca do povo, mas pouca gente sabe por que cruzar esse limiar é tão perigoso quando se trata de pressão arterial. Além dessa fronteira, significa que o coração está fazendo muita força para mandar o sangue para o corpo porque o líquido encontra dificuldades em circular. O problema é grave e, se não for controlado, pode ser fatal. 

Infelizmente, dos cerca de 30 milhões de brasileiros que têm a pressão nas alturas, metade nem suspeita da encrenca 


O que causa pressão alta?


- Estar acima do peso. Isso não é apenas uma questão estética, a obesidade aumenta (e muito) a pressão.

- Sal em excesso na alimentação.

- Estresse.

- Ingerir muita bebida alcoólica.

- Não fazer exercícios físicos.

- Menopausa, no caso de algumas mulheres.

- Fator hereditário, ou seja, quem tem pais com pressão alta pode ter o problema também.

- Anticoncepcional, para adolescentes com predisposição a desenvolver a doença .


Como descobrir?


A melhor forma é medir a pressão frequentemente. "As mulheres devem pedir que o ginecologista meça nas consultas de rotina", orienta o médico Luis Aparecido Bortolotto. Não existem sintomas específicos, mas fique atenta se tiver:

- Dor de cabeça.

- Tonturas.

- Dores no peito frequentes.

- Falta de ar.

- Alterações de visão, como vista embaçada.

- Sangramentos no nariz 


Que problemas de saúde a hipertensão pode trazer?


A hipertensão aumenta a possibilidade de infartos, derrames cerebrais, inchaço do coração e outros problemas cardíacos. 

A hipertensão passa de pais para filhos?

Não existe um estudo que prove que o filho de pais hipertensos será hipertenso também, mas ele tem uma chance maior de desenvolver o problema .


Sou hipertensa. Como faço para manter o problema sob controle?


Como a hipertensão não tem cura, é necessário que a pessoa passe por acompanhamento médico a cada três ou quatro meses, evite bebidas alcoólicas e diminua a quantidade de sal na comida e alimentos gordurosos. 

A maioria dos hipertensos precisa tomar remédio (às vezes, pelo resto da vida), pratique atividades que diminuam o estresse, como: ioga, assistir a um filme em família, ler um livro agradável. A vida sexual também influencia, portanto, se o amor estiver em alta, a pressão pode baixar.


O que não devo comer?


Primeiro, diminua o sal da alimentação diária. "Consuma três colheres (café) rasas de sal por dia. Além disso, evite alimentos processados (sopas prontas, macarrões instantâneos), embutidos (presunto, mortadela, queijos), salgadinhos, enlatados, alimentos congelados, temperos prontos e molhos para salada", indica o especialista Luís Bortolotto. Para que os alimentos tenham sabor, aposte em temperos como alho, ervas...

Por que o sal é maléfico? O sal contém uma substância que, em excesso, pode ser uma das causas do aumento de pressão: o sódio. Ele faz o corpo reter mais líquido e aumenta o volume de fluidos nos vasos sanguíneos. O resultado disso são problemas de coração, que matam mais do que câncer e violência.


Quais os melhores exercícios indicados para quem tem hipertensão?


Os exercícios mais indicados para hipertensos são os aeróbios, como a caminhada e as pedaladas de intensidade leve. Eles são eficientes para a queda e a manutenção de uma pressão arterial normal. Também ajudam a queimar as gordurinhas.

Mas para conseguir esse resultado, é preciso se dedicar bastante. "O ideal é praticar, no mínimo, 20 minutos de exercícios aeróbios diários", aconselha o especialista em exercício físico Danilo Cezar de Souza, de São Paulo. 

O hipertenso também pode praticar outros tipos de exercícios, como a natação. A musculação também pode auxiliar na queda da pressão arterial, no aumento do metabolismo, além do fortalecimento muscular 


Dicas simples para combater a pressão alta:

1. Abaixe o volume
A exposição diária a sons acima de 60 decibéis aumenta o risco de pressão alta. Música calma desacelera na hora a respiração e o coração.


2. Polvilhe cevada
Uma xícara de cevada por dia normaliza a pressão sanguínea em dois meses. A planta contém fibras solúveis, que reduzem o risco de hipertensão 

3. Sente-se reta
Postura caída com ombros curvados e barriga para a frente aumenta a pressão sanguínea. Os nervos que mantêm nossa pressão normal vêm da espinha; desvios dificultam seu trabalho.


4. Coma pêssegos secos
Eles são uma fonte melhor de potássio que a banana. Beterraba e feijão branco também servem. Estudos comprovam que o mineral tem o poder de baixar a pressão sanguínea de forma mais efetiva do que cortar o sal

5. Tome chá de oliveira
A folha ajuda a frear o problema. As folhas da árvore da azeitona dilatam as veias, facilitando o fluxo sanguíneo.


6. Volte ao médico
Pessoas que retornam ao consultório um mês depois de diagnosticada a hipertensão conseguem controlar a doença mais rápido. A segunda visita permite que os medicamentos sejam trocados caso não estejam surtindo o efeito esperado pelo médico.


O suco que combate a pressão alta


O pepino tem alto teor de água, que ajuda no controle da temperatura do corpo e nos processos orgânicos, oferecendo nutrientes para as células e eliminando delas usas impurezas. Rico em fibras, é também um poderoso diurético natural e, por isso, ajuda a controlar a pressão arterial. Prepare um suco de pepino para controlar a hipertensão.

- 1 pepino pequeno
- 1 copo (200 ml) de água

Bata tudo no liquidificador e beba em seguida.

Além de controlar a pressão, é bom também para as inflamações do tubo digestico e da bexiga, além de ter ação purificante, ajudando a eliminar a gordura da pele. Quando misturado com mel, é excelente para combater as enfermidades da garganta.

Fonte: MdeMulher

domingo, 28 de abril de 2013

DESABAFE: CONVERSAR SOBRE SEUS PROBLEMAS AJUDA A RELAXAR


Seja com um amigo, familiar ou o terapeuta, conversar com alguém sobre nossos problemas e aflições é um alívio e tanto para o sofrimento, já percebeu?

A ciência explica por quê: preocupações e situações angustiantes disparam uma espécie de alarme no cérebro que deixa corpo e cabeça tensos, em estado de alerta. Expressar o problema em palavras é uma maneira de desligar esse alarme e ativar o sistema de recompensa do cérebro, que provoca prazer e satisfação e enfraquece a sensação negativa.

"Quanto mais fortes os relacionamentos que cultivamos, mais confiantes e preparadas ficamos para superar as adversidades e buscar nossos sonhos", acrescenta a psicóloga Angelita Corrêa Scardua, de Vitória.

Fonte: MdeMulher